segunda-feira, 31 de março de 2008

laranjas na calda de caramelo e especiarias.....

Este final de semana ganhei mais um livrinho de culinária do maridoco. Um livro supimpa, recheado de receitas deliciosas. O livro é intitulado “ Cuisine méditerranéenne” e é todo pequenininho, uma graça. Como a geladeira está cheia de laranjas Navel resolvi colocar em prática uma das receitinhas do livro. Além de linda ficou muito saborosa. O livro também dá a dica de usar laranjas vermelhas (sanguine) para dar um aroma siciliano à sobremesa. Adorei o resultado. Com certeza vou repetir mais vezes ..... Divina.....

Oranges au caramel épicé

- 4 laranjas bem grandes (usei cinco laranjas médias)
- pistache para decorar

Descascar as laranjas, cortar em gomos e reservar. É importante retirar as sementes. Minhas laranjas quase não tinham sementes.......
Dica: Não jogue a casca das laranjas fora pois elas podem ser úteis para outra receita. Usei minhas zestes para preparar cascas de laranja açucaradas. Receita em breve....prometo.

para a calda de caramelo e especiarias
- 250 g de açúcar
- 5 grãos de pimenta do reino socadinhos
- 4 cravos (usei em pó)
- 1 semente (grão) de cardamomo quebradinha (como não tinha decidi substituir por noz-moscada raladinha)
- 300 ml de água

Numa panela colocar o açúcar, as especiarias e metade da água (150 ml). Levar ao fogo médio, mexendo até o açúcar derreter por completo. Aumentar o fogo e deixar ferver sem mexer. Quando o caramelo engrossar e ficar escuro (coloração de calda), retirar a panela do fogo e acrescentar os 150 ml de água restante. Cuidado pois espirra bastante...... fazer com atenção. Com a ajuda de uma colher de pau de cabo longo, mexer até que o caramelo derreta por completo. O meu não derretia nunca.....por isso voltei para o fogo para facilitar meu trabalho.
Quando a calda estiver fria, despeje por cima das laranjas e decore com pistache. Levar à geladeira e servir bem gelada.......

a primavera dá o ar da sua graça ......

"De que calada maneira você chega assim sorrindo como se fosse a primavera......." ("Como se fosse a primavera" - Pablo Milanés/Nicolas Guillén/Chico Buarque).

saladoca para o jantar ......

Durante a semana, uma refeição leve e rápida acaba sendo a melhor opção. Essa salada surgiu sem mais nem menos e ficou muito saborosa. Procuro sempre utilizar os ingredientes que tenho à mão....... isso é muito importante para evitar o famoso desperdício. Ficou muito gostosa.......comemos tudinho !!!!
Para a saladoca:
Fiz uma caminha de alface americana e alface romana (tinha um restinho na geladeira).
Assamos uma pêra cortada em finas lamelas no forno....já coloquei a receitinha aqui faz um tempinho. Fica divina..... Também já publiquei uma receita de uma outra salada com pêras assadas aqui.
Coloquei as pêras assadas, espalhei queijo gorgonzola cortadinho, emmental em cubinhos, presunto de Parma, cogumelo Portobello refogadinho na manteiga e para finalizar salpicamos castanha-de- caju.
Para acompanhar cortamos uma fatia de pão de forma em tirinhas, regamos azeite, orégano e levamos ao forno para dar uma torradinha.
Ficou perfeita com o molho de mel e mostarda (receitoca aqui).
na vitrola: Chico Buarque .....

sábado, 29 de março de 2008

sorvete no pão ......

Minha querida irmã passou suas férias de carnaval na Tailândia (fotos aqui). Quando ela comentou comigo sobre o sorvete no pão pedi para que ela me enviasse algumas fotos. Fiquei intrigada com o sabor desse sanduíche exótico.
Para preparar é fácil: pão de cachorro quente recheado com sorvete de baunilha, regado com leite evaporado e decorado com amendoin. Diferente e gostoso........viajando, saboreando e aprendendo.
obs: foto tirada na praia Hua Hin que fica aproximadamente à 200 km à sudoeste de Bangkok.

sexta-feira, 28 de março de 2008

a lenda do croissant .....

Eu não sabia mas claro que ele sabia.....o maridoco sabe tudo. Quando li sobre a possível origem do croissant do livro "A ponte das turquesas" fiquei encantada com os detalhes da descrição da Fernanda de Camargo-Moro. Sempre pensei que tivesse sido inventado na França mas caí do cavalinho. Lendo e aprendendo.....isso é bom demais. Aliás à medida que avanço minha leitura neste livro encantador tenho vontade de recomeçar tudo de novo. Segue abaixo o trecho do livro "A ponte das turquesas", de Fernanda de Camargo-Moro sobre o croissant. Já falei aqui e aqui um pouco sobre o livro. Assim vocês podem ter uma idéia da riqueza de detalhes deste livro que tanto me fascina.

"As meias-luas folhadas pouco a pouco se tornaram uma lenda ligada ao café da manhã francês. Poder-se-ia dizer que elas receberam verdadeira cidadania francesa, tal o entusiasmo de franceses e não-franceses ao pedirem de manhã bem cedo um croissant bem quentinho. (...)
Mas por que esse nome? Tem a ver com a forma de Lua Crescente? Terá alguma coisa a ver com mulçumanos?
São duas lendas associadas à sua origem que se prendem ao Império Otomano, à Austria, Hungria e França, a padeiros especializados (...).
Uma delas diz que o croissant foi inventado em 1683, em Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Na época, o Império Otomano se expandira pela Ásia Menor, África do Norte e os Bálcãs, chegando até as vizinhanças de Viena, capital da Áustria. Na tentativa de aumentar ainda mais suas possessões na Europa, já que a Grécia e outros países Balcânicos tinham se tornado turcos, eles tentaram se apossar do Império dos Habsburgos, o austro-húngaro, que servia de obstáculo às investidas turcas na Europa, a qual várias vezes haviam tentado invadir sem êxito.
Contam que no cerco de 1683 a Viena, quando os turcos-otomanos escavavam túneis durante a noite sob as muralhas da cidade, os padeiros da cidade, acordados por causa do pão do dia seguinte, deram o alarme e os turcos foram repelidos. Para comemorar a vitória sobre os inimigos graças à sua intervenção, os padeiros fizeram pães folheados com a forma do símbolo turco, o Quarto Crescente, para que os vienenses tivessem a oportunidade de, ao comê-los, destruir o símbolo dos seus inimigos. A mesma lenda é contada envolvendo a invasão de Budapeste, capital Húngara, em 1686.
Mais tarde, Maria Antonieta, a última rainha da França nascida na capital austríaca, Viena, ao se casar com o rei da França, ainda adolescente, trouxe o croissant, que era uma especialidade da sua preferência.
Verdade ou não, o que se sabe é que não existem registros de receitas para fabricar croissants em nenhum livro de culinária francesa antes do século passado. (...)
Há ainda uma outra teoria segundo a qual a criação do croissant passa das mãos dos padeiros austríacos ou húngaros para os turcos, que, desde sua época de nomadismo nas estepes, já faziam a yufka, dela nascendo os folheados."
trecho do livro "A ponte das turquesas" , Fernanda de Camargo-Moro.

mimos de Páscoa ....

No domingo os vizinhocos nos surpreendereram com deliciosos chocolates...... um luxo. Tinha até chocolate branco, o meu preferido.
Merci queridos amigos pela bela amizade que construímos e pelo carinho. Uma amizade para a vida inteira .......

quinta-feira, 27 de março de 2008

bacalhoada de Páscoa......

Todo domingo de Páscoa comemos bacalhau. Desde pequenininha o bacalhau fez parte do menu da Páscoa e do Ano Novo na casa dos meus pais. Mesmo morando longe nunca deixei de preparar a receita de bacalhau da mamãe. Adoro ...... Além da receita da mamãe preparo uma outra especialmente para o maridoco. Na quarta-feira, eu e a Gui fomos até a peixaria italiana do nosso bairro e compramos uma bela peça de bacalhau norueguês. Limpinho, sem espinhos..... uma maravilha. A mamãe iria amar. Como segunda-feira foi feriado por aqui, os maridocos e os vizinhocos decidiram preparar o delicioso bacalhau para o jantar. Nosso domingo de Páscoa foi na segunda. Um inesquecível jantar em família. Como sempre ficou divino ...... é de comer implorando por mais.

Receitas de bacalhau
Bacalhoada receita da mamãe
para o preparo do purê de batatas:
- 5 batatas médias cozidas e descascadas
- sal e pimenta-do-reino
- 190g de creme de leite
- ervas de provence
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 100 ml de leite
Amassar as batatas com um garfo ou usar um espremedor. Numa panela refogar a cebola em um pouco de manteiga. Acrescentar a batata amassadinha, o leite e misturar bem. Em seguida incorporar o creme de leite, a manteiga, as ervas e a pimenta-do-reino e salgar. Retirar do fogo e colocar num recipiente que possa ir ao forno.

para o preparo do bacalhau:
- 450 g de bacalhau
- 1 lata de palmito
- algumas azeitonas sem caroço e cortadas ao meio
- ¼ de cebola bem cortadinha ou ralada
- salsinha
- alcaparras
Deixei o bacalhau de molho de um dia para o outro. Troquei a água 3 vezes durante o processo. Desfiei o bacalhau e reservei. Numa panela de fundo grosso coloquei 4 colheres (sopa) azeite e refoguei a cebola. Em seguida acrescentei o bacalhau, a salsinha, as azeitonas, o palmito, as alcaparras e refoguei por uns 5 minutinhos. Coloquei o bacalhau por cima do purê reservado e levei ao forno por aproximadamente 10 minutinhos. Fica supimpa......


Bacalhoada receita especialmente para o maridoco
Para esse bacalhau não tem receita...vai sempre à olho mesmo.
Cortei 500 g de bacalhau em pedaços. Deixei de molho de um dia para o outro...mesmo processo acima.
Cozinhei 4 grandes batatas deixando ainda meio durinhas. Descasquei, cortei em rodela e forrei o fundo de uma vasilha. Temperei as batatas com um pouco de pimenta-do- reino e sal. Cortei uma grande cebola em rodelas e joguei por cima das batatas. Coloquei o bacalhau em pedaços, algumas azeitonas pretas, muita salsinha picadinha e cobri com azeite de oliva extra-virgem. Levei ao forno pré-aquecido à 180°C por aproximadamente 30 minutos ou até que as batatas fiquem macias. De vez em quando abria o forno e regava o bacalhau com o azeite do própio recipiente...... ficou divino.

quarta-feira, 26 de março de 2008

tarte à l'érable .......

Mais uma receitinha que faz parte do menu de algumas Cabanes à sucre. É mais comum encontrarmos no cardápio a famosa Tarte au sucre du Québec. No sábado fomos jantar numa Cabane à sucre. Bom demais, super caseiro......em breve fotitas.
A tarte à l'érable foi a sobremesa eleita para sexta-feira depois da deliciosa moqueca de salmão. Achei bem fácil e saborosa. A receita é da revista Ricardo, do Ricardo Larrivée do mês de março. Já falei um pouco sobre o Ricardo aqui. Tarte aprovada ... o maridoco adorou !

Tarte à l’érable

Massa
- 1 xícara de farinha
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 1 pitada de sal
- 1/3 de xícara de manteiga sem sal cortada em cubos
- 1 ovo
- 1 colher (sopa) de água fria

Misturar a farinha, o açúcar e o sal. Para facilitar o preparo podemos usar um robot.....como não tenho foi no braço mesmo. Acrescentar a manteiga e misturar. Adicionar o ovo e a água. Misturar bem até obter uma massa bem homogênea. Acrescentar mais água caso necessite. Abrir a massa numa forma de 23 cm de diâmetro. Pré-aquecer o forno à 220°C. Cobrir a massa com papel alumínio e colocar feijão seco ou um peso para torta. Assar durante 10 minutos e retirar o papel alumínio e o peso (ou feijões). Voltar a torta para o forno e assar até ficar bem douradinha. Deixar esfriar.
Para fazer a folha decorativa separei um pedaço de massa, abri e cortei com um cortador em forma de folha d'érable.

Recheio
- 3 colheres (sopa) de amido
- 3 colheres (sopa) de água
- 1 ½ xícara de sirop d’érable (maple syrup)
- 60 ml (1/4 de xícara) de creme de leite ou crème à 35%
- 1 ovo levemente batido
- 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal

Numa panela, fora do fogo, dissolver o amido na água. Acrescentar o sirop d’érable, o creme e o ovo. Misturar bem. Levar para o fogo até ferver mexendo sempre com um fouet. Após ferver deixar durante 1 minuto no fogo sempre mexendo. Acrescentar a manteiga e mexer até derreter. Deixar esfriar, colocar o recheio na massa já assada e levar na geladeira por pelo menos 3 horas antes de servir. Acompanhar com uma bola de sorvete de baunilha.

terça-feira, 25 de março de 2008

salsinha do Quebec .....

A salsinha é uma erva originária da bacia do mar mediterrâneo. Existem 3 variedades importantes. As variedade utilizadas na Europa e na América do Norte são principalmente a salsinha lisa e salsinha crespa. A salsinha de Hambourg é cultivada por causa de suas raízes. É muito rica em vitamina C e também em cálcio, magnésio, vitamina A e potássio. Mas para ingerir a quantidade de vitamina C existente em uma laranja teríamos que comer 50 bouquets de salsinha.
Além de decorativa essa erva é muito nutritiva. Adoro ....
obs: mais informações aqui.

moqueca.....

Na sexta-feira preparamos uma deliciosa moqueca para receber um casal de amigos. Claro que os vizinhocos também estavam presentes......não podem faltar nunca. Estava insegura em relação à minha receita de moqueca por isso pedi socorro à duas pessoas muito fofas que conheci nesse mundinho virtual: a Márcia e a Odete. As duas me enviaram receitocas maravilhosas....... Usei como base a receita da Odete e introduzi ingredientes da receita da querida Márcia. Um casamento perfeito ...... Também coloquei outros ingredientes ali na hora......sem mais nem menos. Optei por usar postas de salmão já que moramos na terra desse peixe divino e sensacional. O Anderson e a Keli trouxeram alguns camarões .... assim a moqueca foi mista. A moqueca ficou maravilhosa ....... Comemos e repetimos ....... Acompanhamos a moqueca com arroz branco (preparado pela Gui) e uma farofa de dendê que foi sugestão das queridíssimas amigas virtuais.
Merci à Odete e à Márcia pelo carinho...faltou vocês duas aqui em casa. Quem sabe um dia...... Receitoca aprovadíssima......

Moqueca de salmão
- 8 postas de salmão (Odete sugeriu bacalhau fresco ou rockfish e a Márcia sugeriu cherne)
- 1 limão (usei siciliano)
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 1 cebola em rodelas
- 2 pimentões verdes (cortado em rodelas e sem semente)
- 4 tomates maduros sem pele e sem sementes (coloquei no forno por uns 10 minutinhos para a pele se soltar com facilidade)
- 200 ml de leite de coco (usei 300 ml)
- 3 colheres (sopa) azeite de dendê (usei 4 colheres)
- 1 xícara e coentro fresco picado (usei seco pois esqueci de comprar fresquinho)
- 1 colher (sopa) de tempero baiano (mistura de cominho, orégano seco, curcuma, semente de coentro, pimenta calabresa e pimenta do reino)
- 1 colher (sopa) de gengibre ralado (usei em pó)
- 1 colher (chá) de páprika picante
- 1 colher (chá) de tabil (tempero tunisiano)
- 1 pimenta dedo de moça picadinha e sem semente
- camarão (o quanto desejar)

O maridoco temperou as postas de salmão com limão, sal e pimenta-do-reino. Deixamos marinar por uns 20 minutinhos. Numa panela de fundo grosso coloquei o azeite e refoguei a cebola até ficar transparente. A Odete sugeriu utilizar uma panela de barro, o que seria ideal. Como não tenho uma e a que encontrei para comprar era pequena usei uma de fundo grosso. Acrescentei um pouco do pimentão e do tomate. Em seguida 4 postas de peixe, mais um pouco de pimentão e tomate, as outras 4 postas de peixe e finalizei com o restante do pimentão e do tomate. Cobri tudo com o leite de coco, os temperos e o azeite de dendê. Tampei a panela e deixei cozinhar por aproximadamente 30 minutinhos. Nos últimos 10 minutinhos de cozimento acrescentei os camarões.

Para a farofa de dendê: derreti duas colheres (sopa) de manteiga e dei uma torradinha na farofa de mandioca fina. Numa frigideira coloquei duas colheres (sopa) de dendê, coloquei a farofa torradinha e sal à gosto. Mexi bem até ficar bem homogêneo e voilà......

Os méritos da receitoca são da Odete (Paprika na Feijoada) e da Márcia (Açúcar com Canela).....merci mais uma vez......muito carinho.

segunda-feira, 24 de março de 2008

eita preguiça boa.....

........coitadinho.......o Boto Augusto está dodói........tomando picadinhas e muito remedinhos..... mas tenho certeza de que ficará bom rapidinho. Saudades desse garoto .....

só deu ovo de codorna na saladoca .....

Dando uma voltinha pelo Marché Jean-Talon avistamos belos ovos orgânicos de codorna. Raramente encontramos por aqui esta delícia. Na quinta-feira decidi prepará-los. Fiz uma saladoca no improviso ........ usei e abusei dos ovinhos de codorna. Preparei os ovinhos de 3 maneiras diferentes: omelete + cozidos + ovo estrelado no forno. Para o omelete de ovos de codorna acrecentei um pouco de leite, sal, pimenta-do-reino e bati com um garfo. Fiz bem fininho como um crêpe, enrolei e cortei em tirinhas estreitas. Para preparar os estrelados no forno usei uma fatia de pão de forma, apertei delicadamente no meio para fazer uma caminha, quebrei o ovinho e salpiquei ervas de provence e sal. Levei para o forno até ficarem assadinhos. Para os cozidos nada de segredo....joguei na água fervendo por 5 minutinhos.
Saladoca: Fiz uma caminha de alface romana, coloquei as tirinhas de omelete, atum tunisiano, azeitonas tunisianas, queijo emmental em cubinhos, os ovos cozidos em volta do prato e a fatia de pão com o garoto estrelado no meio. Servi com uma vinagrete de mel e mostarda (receitoca aqui). Fácil e muito saborosa. Ficou supimpa....o maridoco fez mil elogios.

domingo, 23 de março de 2008

Feliz Páscoa !!!!!

sexta-feira, 21 de março de 2008

decorando ovos para a Páscoa ....

Estava meio desasinaminha em preparar ovinhos para minha Páscoa. Por aqui não encontramos ovos nos supermercados. Na verdade encontramos um aqui, outro ali mas nada comparado ao Brasil. Nessa época me dá saudades de entrar nas lojas e olhar para o "teto" de ovos. Muito bom ....... ficava olhando para cima e admirando tudo aquilo.
Quando vi essa idéia fantástica no cantinho da fofa da Leila não pude resistir........aceitei o convite e encarei mesmo. Achei um mimo, muito prático e criativo. Encontrei os Wrap-an-Egg por acaso e achei que a sorte estava do meu lado. Ontem o maridoco colocou em prática a dica da Leila. Ele fez tudo sozinho..... não ajudei em nadica de nada. O maridoco se divertiu decorando e recheando nossos ovos de Páscoa.
Guardei as cascas dos ovos que usei para algumas receitas e ganhei mais 5 da Gui. Foi só fazer um furinho com uma faca, retirar o conteúdo e lavar bem. Cabe o dedo mindinho ..... Segui as recomendações da Leila e não usei detergente. Deixei secar bem e o maridoco colocou cada ovo num evelope decorativo, mergulhou na água quente e eles saíram decorados. Vieram 12 envelopes para ovos no kit que compramos.
Também usei a receita da Leila para preparar o amendoin kri-kri . Fiz meia receita ....
Amendoin doce (kri-kri):
- 1 xícara de amendoin sem sal (usei sem casca pois era o único que tinha em casa)
- 1 xícara de açúcar
- 1/2 xícara de água
Colocar todos os ingredientes numa cassarola e levar ao fogo. Mexer sem parar até secar. Quando os amendoins estiverem açucarados, colocar num recipiente, deixar esfriar e desgrudar aqueles que estiverem unidos. O maridoco encheu os ovinhos de kri-kri e cobriu com uma forminha de docinhos (ele usou durex para grudar). Ficaram fofos demais.......agradeço à Leila por dividir essa maravilha conosco. No cantinho da Leila tem todos os detalhes desta idéia genial. Uma Páscoa mais feliz e divertida ......

quinta-feira, 20 de março de 2008

Coeur sucré ......

Quando a querida Drica publicou a receita da Lua-de-mel nem acreditei. É algo que me faz lembrar da terrinha, do interior, da vovó, dos cafés da tarde, da família......muita saudade de tudo e de todos. Fiz os biscoitinhos na semana passada e ficaram deliciosos. Penei um pouquinho com a massa mas o resultado é fantástico. Tem que passar farinha na bancada senão gruda mesmo. Resolvi rechear as bolachinhas com doce-de-leite pois me lembro que era assim que comia no Brasil. A Gui me ajudou a preparar as deliciosas bolachinhas. Drica merci ma chèrie.....você me trouxe muitas alegrias com essa receitoca. Supimpa !!!!!

Lua-de-mel (ou Corações de doce de leite)

- 400 g de farinha de trigo
- 125 g de açúcar refinado
- 250 g de manteiga sem sal
- mel ( eu usei doce de leite para rechear)
- açúcar para passar nas bolachinhas

Num recipiente colocar a farinha , a manteiga e o açúcar. Trabalhar a massa delicadamente até ficar homogênea. Abrir a massa aos poucos sempre polvilhando farinha no local de trabalho. É importante polvilhar farinha dos dois lados da massa para não grudar (olha que gruda mesmo hein). Cortar as bolachinhas com o cortador de sua preferência. A querida Drica fez em forma de meia-lua...um mimo. Colocar as bolachas numa assadeira (não é necessário untar) e assar em forno numa temperatura baixa (coloquei em 130°C) até começar a corar. Também prefiro bem branquinhas como a Drica. Deixe esfriar, passe mel (ou doce de leite como fiz) em uma bolachinha e grude a outra metade formando as bolachinhas. Passe as bolachas no açúcar refinado e conserve num pote bem fechado. Lindos corações......é de comer de joelhos.

quarta-feira, 19 de março de 2008

mais um dia de muito frio ......

vinagrete com sirop d'érable......

As receitinhas com sirop d'érable (maple syrup) continuam à todo vapor. Na hora de servir uma salada procuro sempre variar na escolha da vinagrete. Adoro vinagretes adocicadas para acompanhar saladas...... Quando vi essa receitinha na revista do Ricardo fiquei gamada. Fácil, gostosa e diferente. Não faz parte do menu da Cabane à sucre mas como estamos na alta temporada do sirop d'érable não tinha motivos para não fazer essa delícia. Achei que o sirop d'érable deixaria a vinagrete mais docinha mas o vinagre balsâmico predomina no sabor e fica mais azedinha. Para duas pessoas fiz metade da quantidade recomendada na receita original. Servi com uma saladinha de chèvre chaud. Para o chèvre o chaud cortei uma baguete em rodelas, reguei azeite, coloquei um pedaço de queijo de cabra, ervas de provence e finalizei com mais azeite. Levei ao forno por 10 minutinhos, coloquei as torradinhas numa caminha de alface romana, reguei a vinagrete e voilà.... A vinagrete combinou perfeitamente com a salada. Um luxo só essa vinagrette à l'érable .....

Vinagrette à l'érable
- 60 ml de vinagre balsâmico
- 45 ml de azeite extra-virgem
- 30 ml de sirop d'érable (maple syrup)
- 15 ml de limão
- Estragão fresco cortadinho à gosto
- sal e pimenta-do-reino à gosto

Num recipiente misturar todos os ingredientes com um fouet. Servir com uma salada de chèvre chaud ou uma salada verde.

Mais posts com sirop d'érable (maple syrup) aqui, aqui, aqui e aqui.

terça-feira, 18 de março de 2008

um pouco da Tunísia .....

fricassé tunisiano ....

Quando o maridoco me convidou para comer fricassé, durante uma viagem pela Tunísia, pensei que sabia o que me esperava. Mesmo não gostando de frango resolvi encarar o tal do fricassé (achei que era a mesma receita brasileira!) pois afinal de contas estava na Tunísia e vamos embora. Na minha santa ignorância achei que fricassé era fricassé em qualquer lugar do mundo, mas estava redondamente enganada. Quando me deparei com aquele lindo bolinho disse ao maridoco se ele tinha mudado de idéia e deixado o fricassé para lá. Ele me disse que não, que aquele bolinho era o fricassé.......claro que quase morri de vergonha mas abri um sorriso de orelha à orelha.
Na Tunísia o fricassé é um tipo de bolinho salgado recheado com batata, atum, azeitona, ovo, alcaparras e harissa (diluída em água). Mesmo tendo uma pequena sessão fritura o resultado é fantástico. Sou fãzoca de fricassé tunisiano e vivo pedindo para o maridoco preparar essa gostosura. No Brasil a família apelidou o fricassé de "acarajé tunisiano"........ A receita é bem trabalhosa e demorada mas vale à pena conferir....... Supimpa!!!!!

Fricassé tunisiano (vulgo "acarajé tunisiano")

massa
- 500g de farinha
- 1 ovo
- 20 g de fermento biológico
- 1/2 copo de óleo de amendoin (usamos azeite extra-virgem)
- 1 pitada de açúcar
- 1 colher (sopa) rasa de sal

recheio
- 250 g de atum em lata de melhor qualidade
- 4 ovos cozidos cortadinhos
- azeitonas pretas ou verdes (usamos pretas)
- alcaparras
- 2 batatas cozidas e amassadinhas no garfo. Temperadas com sal e pimenta-do-reino

Óleo para fritar.

Preparo:
Num grande recipiente desmanchar o fermento em duas colheres (sopa) de água morna, e acrescentar 1 colher (sopa) de farinha. Misturar bem, cobrir com um pano seco e deixar descansar durante 1 hora.

Num outro recipiente colocar o restante da farinha, o sal, o açúcar e misturar. Fazer um buraco no centro e acrescentar o fermento que descansou por 1 hora, o óleo e o ovo. Misturar bem e fazer uma bola. Polvilhar farinha no local de trabalho ou numa mesa. Trabalhar a massa durante 15 à 20 minutos girando a bola em todos os sentidos até obter uma massa elástica e um pouco colante.

Cortar pedaços de massa de aproximadamente 5 cm de diâmetro. Fazer pequenos pães ovais com a massa. Polvilhar farinha numa forma e colocar os pães deixando espaço entre eles para que possam crescer. Cobrir com um pano seco e deixar os bolinhos crescerem por 1 hora.

Numa frigideira aquecer o óleo, fritar os bolinhos até ficarem bem dourados e colocar num recipiente com papel absorvente.

Cortar os fricassés na metade (fazer uma incisão sem ultrapassar o outro lado). Passar a harissa diluída em água e acrescentar o recheio. Começar pelas batatas, em seguida as alcaparras, o ovo, atum, as azeitonas e finalizar com um toque de harissa. Uma delícia da Tunísia ......

segunda-feira, 17 de março de 2008

fèves au lard .....

Mais uma receitinha que faz parte do menu da Cabane à sucre. Já falei sobre a Cabane à sucre e algumas delícias do Québec aqui, aqui, aqui e aqui. Fèves au lard são feijões brancos cozidos lentamente no forno, com fatias de bacon e temperados basicamente com sirop d'érable (maple syrup) e cassonade (acredito que seja equivalente ao açúcar mascavo no Brasil). É um prato servido no café da manhã.....no início estranhei um pouco mas agora adoro. Nada como se adaptar a cultura local. Como o feijão é cozido lentamente o sabor é fantástico. Adorei a maneira de cozinhar o feijão......vou adotar para muitos outros pratos à base deste grão. Para uma primeira vez até que acertei em cheio na receita. Usei a receita do site da Josée di Stasio (já falei sobre o site aqui) e resolvi acrescentar 1 tomate picadinho (sugestão do Ricardo Larrivée). Fiz a receita usando apenas metade da quantidade sugerida na receita original. Não é um prato para se comer muito pois é bem docinho.......nada de exagerar. Mais uma das delícias tipicas da província do Québec que adotei de coração. Acompanhamos com pão pita torradinho no forno......mas nao comemos no café da manha.....optei por servir no jantar. Delicioso.....

Fèves au lard (receita original)
500 g (1 lb) de feijão branco seco
250 g (1/2 lb) de bacon salgado cortado em tiras de aproximadamente 1 cm de espessura (comprei em fatias)
125 ml (1/2 xícara) de cassonade
80 à 125 ml (1/3 à 1/2 xícara) de sirop d’érable (usei 1/3 de xícara)
5 à 10 ml (1 à 2 c. de chá) de mostarda em pó
1 cebola descascada
Sal et pimenta-do-reino moída na hora

Deixar o feijão de molho na água fria na véspera. Escorrer e lavar. Cobrir o fundo de uma panela de fundo grosso (ou de barro) com metade do bacon. Acrescentar metade do feijão, em seguida o restante do bacon e por último o restante do feijão.
Espalhar o açúcar cassonade, o sirop d’érable e a mostarda sobre o feijão e tempere com sal e pimenta-do-reino. Colocar a cebola no centro e cobrir com água até atingir 1 cm acima do nível do feijão . Tampar e cozinhar no forno pré-aquecido à 150°C durante 4 horas.
Servir no café da manhã, com pão torrado e ovos mexidos.
obs: para dar um toque a mais acrescentei um tomate em cubinho e sem semente na primeira camada de feijão.

Parada de Saint-Patrick ......

domingo, 16 de março de 2008

tarte au poisson......

A primeira vez que comi essa torta tinha apenas 12 aninhos. Me lembro como se fosse hoje o sabor e a perfeição com que aquela francesa preparou a torta na cozinha da mamãe. Fiquei encantada ....... A Dominique estava no Brasil fazendo um estágio com o papai e queria fazer um jantar para nós. Ela marcou o jantar para uma sexta-feira mas a mamãe nunca imaginou que ela chegaria tão cedo..... Estava sozinha em casa e aos trancos e barrancos tentei decifrar aquela língua tão cheia de charme e ao mesmo tempo tão estranha para mim. Através de mímicas e muita força de vontade consegui entregar todos os ingredientes para a amável francesa. Foi um jantar magnífico e que ficará para sempre na minha memória. Fazia anos que não comia a inesquecível torta de peixe......olhando meu caderninho de receitas o aroma veio à tona e resolvi fazer a deliciosa torta num lindo domingo de inverno. Servi a torta de peixe com uma saladinha de alface, laranjas e amêndoas regada à azeite e vinagre de framboesa. Como sobrou massa fiz algumas tortinhas individuais......uma graça. Claro que o técnico do blog e a amigona jantaram aqui e aprovaram. Muito saborosa ........
Torta de peixe da Dominique

massa
- 200 g de manteiga sem sal
- 400 g de farinha de trigo
- 1 colher (chá) de açúcar
- 1 colher (chá) de sal
- 150 ml de água

Amassar a farinha com a manteiga. Acrescentar o sal e o açúcar. Ir adicionando água até obter o ponto de uma massa para abrir no rolo. Nem sempre precisamos utilizar os 150 ml de água...... Abrir a massa com a ajuda de um rolo e forrar uma assadeira untada de fundo removível de 24 cm de diâmetro. Colocar grãos de feijão sobre a massa para não formar bolhas e pré-assar em forno pré-aquecido à 180 °C por aproximadamente 15 minutinhos.

peixe: usar o filé de peixe de sua preferência. Eu usei filé de tilápia. Assei 5 filés temperados apenas com sal. Deixei esfriar, desfiei e reservei.

creme
- 500 ml de leite ou de água (usei leite)
- 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 290 ml de creme de leite
- sal à gosto
- 1 colher (chá) orégano seco (eu usei ervas de provence)
- pimenta-do-reino moída na hora à gosto
- noz-moscada à gosto

- 3 colheres (chá) de farinha de rosca e 200 g de queijo ralado grosso (usei emmental) para gratinar. Misturar os dois e reservar.

Numa panela misturar a farinha com o leite. Salgar, acrescentar a pimenta, as ervas, a noz- moscada e levar ao fogo médio até engrossar. Cuidado para não formar grumos. Se achar que não vai engrossar, dissolver uma colher de chá de farinha de trigo em um pouquinho de leite e acrescentar à mistura.

Quando a mistura engrossar, retirar do fogo e adicionar o creme de leite. Mexer bem e acrescentar o peixe desfiado. Deixar esfriar um pouquinho e colocar o creme na massa. Salpicar a mistura de queijo ralado com farinha de rosca (de pão) e levar ao fogo para que a massa termine de assar. Deixei por aproximadamente 30 minutos em forno pré-aquecido à 180°C. A massa ficou bem dourada e a torta bem gratinada.

sábado, 15 de março de 2008

pizza de pão pita .....

Adoro essa versão de pizza.......simples, saborosa e fácil de preparar. Fazia muitos anos que não comia. Me lembro de quando morava sozinha no interior de São Paulo e preparava essa pizza de pão pita (conhecido como pão sírio no Brasil)...... Outro dia desses deu aquele vontade........
O maridoco é o pizzaiolo oficial da casa.....
Ele preparou assim: pão pita integral, molho de tomate, tomate em cubos, azeitonas tunisianas, uma lata de atum tunisiano de excelente qualidade, mozzarella fresca, queijo emmental, vache qui rit (tipo o polenguinho), alcaparras tunisianas e manjericão seco (não estou encontrando fresco por esses dias)......... regadas à muito azeite tunisiano produzido pela família do maridoco...... que luxo. Deliciosa........Aliás vamos saborear uma pizza de pita daqui alguns minutinhos. Bom demais !!!! Servidos ?